1/2 Bossa Nova e Rock n Roll

DOIS AQUARIANOS E UMA CANCERIANA FADADOS AO SUCESSO!

27.8.06

Diário de Clarinha (parte 2 - a visão da mãe)





No filme “As invasões bárbaras” muitas cenas me emocionam pela identicação com meu pai, seu final de vida e nossa incrível ligação, mas uma cena em especial me emociona mais: é quando a filha em depoimento, via Internet, diz para o pai que está prestes a morrer: “o primeiro amor de uma menina, é sempre o pai”.
É vendo o Beto com a Clara, que começo a perceber como se dá a dinâmica dessa relação, pai-filha. É totalmente justificável o enaltecimento da importância da relação mãe-filho por motivos óbvios (gestação, dedicação 100% do tempo, ligação que transcende às palavras, a solicitação permanente), mas penso cada vez mais: pai é tão fundamental quanto.
Se inconscientemente Clara levará consigo ao longo da vida o quanto foi amada por mim desde o ventre, os cuidados que dedico a ela, o quanto e como a amo, enfim, tudo o que envolve nossa relação, certamente, em tudo na sua vida refletirá o olhar terno do pai para ela ao pegá-la no colo, o aconchego de seu peito nas tentativas de fazê-la dormir, a firmeza de seu toque, e até, por vezes, a quebra que promove em nossa simbiótica relação, tirando um pouco o foco da Clara de mim, despertando-a para o que está além de nós.
Ontem conversávamos sobre o desejo de não repetirmos com ela os erros de nossos pais e sobre o quanto pretendemos estar presentes em todos os momentos de sua vida e uma coisa é certa: não acertaremos em tudo, mas teremos feito o nosso melhor, porque aprendemos com nossa própria história: mãe e pai são fundamentais. Cada um de seu jeito, cada um em sua medida, cada uma a seu modo e quando ela estiver maior e fizerem aquela velha pergunta: “de quem você gosta mais, da mamãe ou do papai?”, sei que a inevitável resposta virá: “dos dois!”. Sei também que será sincera de sua parte, pois imagino que serei amada por ela tanto o quanto a amo, mas não me surpreenderei se seu olhar revelar uma certa brejeirice ao olhar para o pai neste momento, porque vou me lembrar que não tem jeito: o primeiro amor de uma menina é mesmo o pai.


Juli Mariano (a mãe)

10 Comments:

  • At 6:56 PM, Anonymous Anônimo said…

    Ô Juli. Que bonito.
    beijo.
    Paula

     
  • At 6:56 PM, Anonymous Anônimo said…

    Isso é muito bom, ser amado por duas muiés e não ter encrencas ... hehehehe

    Beto (o papi)

     
  • At 10:10 PM, Blogger Cláudia Lamego said…

    Lindo, Juli. Que seja assim mesmo!

    Hoje, se me perguntam, eu não tenho dúvidas em responder: gosto mais da minha mãe. Mas gostaria de poder responder de forma diferente. Não é que não goste dele, mas a relação é outra, muito mais complicada.

    Beijos à mamãe e ao papai.

    p.s. Por que as meninas se parecem mais com o pai? Mamãe tem esse tese. No caso da Clara, está se mostrando verdadeira.

     
  • At 1:25 AM, Blogger Neguinha Suburbana said…

    Essa foto da Clarinha está tuuuuuuuuuudo! Fala sério, ela deve estocar comida nessas bochechas pra uma semana! rsrs Muito bem, aprendendo com os bichinhos da floresta! A titia bióloga está muuuito orgulhosa! hehehe
    E o que é essa carinha de pensativa no ombro do papi? Essa faixinha rosa tá um chuchu!! Tõ babando!!!!!!!!!!!
    Beijoooosssssss!! E mordidas (de levinho) nessas bochechas gostoooosas!

     
  • At 6:14 PM, Blogger clara said…

    que lindo texto.
    que linda foto.
    que lindo pai, que linda mãe.
    que linda Clara.

    beijosss

     
  • At 11:01 PM, Anonymous Anônimo said…

    Clarinha!
    Não dê mole pro seu véio não viu?
    Hihihihihihi...

    Linda foto do papai roquenrol... Quero só ver quando ela começar a escutar funk escracho do Rio e o pai fizer cara feia... Vai que ela gosta!.. hahahahaha

    Brincadeirinha.. ;)

     
  • At 2:14 PM, Anonymous Anônimo said…

    Juli e Beto,
    A Clara está linda e eu sei, perfeitamente, que vocês estão maravilhosamente cansados. É tudo adoravelmente louco e intenso. A respiranção fica suspensa, nunca mais é a mesma... Ser mãe e pai é mais ou menos isso: a gente tá sempre querendo acertar mesmo quando a gente erra. Esses são alguns dos sintomas do AMOR INCONDICIONAL. Com o tempo vocês decobrirão novos sintomas. Ainda bem que é igual para todos do UNIVERSO! Só assim a gente tem a certeza que não estamos malucos com tanto AMOR. É tanto amor, mais tanto amor, que a gente sente por um filho, que temos que ter o cuidado pra não sufocar. Ufa! Ter um filho é a melhor coisa da VIDA, né? O resto (me desculpem quem não tem ou não terá!), é o resto.
    Beijos... Taisa e Alice - que ficou dizendo ao ver a Clara:" A mamãe, que coisa mais bonitinha! Como ela é linda! Quando a gente vai conhecer?"

     
  • At 10:53 AM, Anonymous Anônimo said…

    andei sumida da web e, quando volto, eis que Clara já chegou e já tem tantas histórias! uma bonequinha, viu, e emocionante o que vocês têm contado dessa nova vida com ela. muita saúde e alegria para vocês!
    beijo
    Maya

     
  • At 11:06 AM, Anonymous Anônimo said…

    Muito linda mesmo! E muito oportuno seu texto Ju! Ando encantado com o tema (e olha que NUNCA me imaginei pai de alguém)! Mas a idade avança e meus pensamentos vagueiam... agora já digo um: quem sabe? Quanto à importância dos dois, concordo. Perdi meu pai aos 11 anos... e ainda hoje penso vê-lo por entre as gentes, no meio da rua! Bjo pra essa família tão linda!

     
  • At 8:18 PM, Blogger Cristiana Soares said…

    Nossa, lindo mesmo! E concordo plenamente. Mãe e pai. Por isso, minha filha agora, aos 13 anos, está morando com o pai. E está amando, apesar da saudade da mamãe... hehehe... Beijos na lindinha de vcs! A foto realmente tá incrível! Muito boa! Hehehe...

     

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